belo texto da Esperança Bessa. o autor agradece publicamente, emocionado. e lá se vão dezoito anos…
“Muito antes de se assumir escritor, Caco Ishak já usava seus textos para deixar desabafos. Ainda na adolescência, tinha na escrita uma válvula de escape para suas dúvidas, medos, anseios, expectativas, tudo com um estilo único, visceral, intenso, só seu – mesmo que a vida tentasse lhe conduzir à negação dessa veia artística pulsante. Tantos anos se passaram e as letras e o papel ainda estão ali, sendo parceiras de todas as horas. Os questionamentos continuam os mesmos, não mais com uma curiosidade juvenil, mas com a filosofia como fio condutor. Ao final, mas que dúvidas, restam certezas que o tempo traz consigo. Caco tem uma assinatura sua carregada de cultura pop, de filosofia, música e, claro, poesia em profundidade que resulta dessa ‘salada’ de referências. Todas reunidas em seu segundo livro, ‘Não precisa dizer eu também’, lançado na última quarta-feira em Belém. O livro, fininho, é daqueles para ler ‘num tapa’, em poucas horas, mas cujas provocações ficam ali como marcas para irem se incorporando aos poucos ao corpo e à mente. O livro vem depois de uma lacuna de sete anos da primeira obra lançada, ‘Dos versos fandangos ou a má reputação de um estulto em polvorosa’, pela mesma Editora 7Letras. De tanto tempo de espera foram extraídos 36 poemas alinhavados entre 2007 e 2010. Agora resta torcer para que o terceiro não demore tanto a chegar. Afinal, não precisa dizer que nós também queremos mais.”